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A crescente dos ônibus inteligentes

Os ônibus autônomos, elétricos e gratuitos, utilizados em Paris e na Itália (desenvolvidos pela Navya, uma empresa francesa especialista em tecnologia sem motorista), passaram pela fase de testes e foram incorporados à frota definitiva no mês de outubro de 2022. 

São veículos autônomos que utilizam programas para interpretar dados de sensores, câmeras, GPS, entre outros. Tudo para não haver nenhum imprevisto durante a viagem. Esses ônibus são capazes de se comunicar com semáforos que ajustam a velocidade de trânsito e permitem atravessar cruzamentos movimentados, por exemplo. O veículo pode operar por nove horas seguidas, com uma velocidade máxima de 25 km/h, e é adaptado para pessoas com mobilidade reduzida.

Esses veículos foram planejados para complementar o serviço de ônibus existente. Além disso, são elétricos e têm capacidade para transportar até 11 passageiros. Durante a fase de testes foi exigida a presença de um condutor humano, pronto para assumir a direção em situações de emergência. Mas a sua autonomia é proporcionada principalmente pela conectividade – o que impacta no dinamismo das viagens, na organização dos horários e na informação para os usuários. O objetivo é sempre aumentar a preferência da população urbana por esse tipo de modalidade de transporte, contribuindo, principalmente, para minimizar a emissão de gases poluentes, os congestionamentos e os acidentes.

No Brasil há cerca de 30 cidades inteligentes (Smart Cities), consideradas assim devido ao uso da internet na mobilidade em algum grau. De acordo com um ranking geral do Connected Smart Cities, as que mais se destacam são São Paulo (SP), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Vitória (ES), respectivamente. A internet agrega inteligência aos projetos de mobilidade urbana. Com veículos e pessoas interconectados, os engarrafamentos tendem a se extinguir, a instalação de GPS em ônibus facilita o monitoramento e a avaliação das rotas, por exemplo, assim cada veículo poderá reconhecer e traçar seu trajeto calculado por algoritmos.

Em 2019, Curitiba experimentou o chamado sistema VIA Mobile 360 ADAS, com quatro câmeras externas esses ônibus conseguem uma visualização de 360º ao redor do veículo que é potencializada por um sensor localizado na dianteira do ônibus que identifica e interpreta todas as variáveis envolvidas na condução, como distanciamento das faixas de rolagem, limite de velocidade da via, interpretação dos semáforos (se estão vermelhos ou verdes) e da sinalização. 

Dados como localização, trajeto, paradas programadas, velocidade e status dos principais componentes aparecem, em tempo real, em uma tela localizada no interior do ônibus, para que os passageiros possam saber tudo o que está acontecendo. O sistema também identifica o número de passageiros e quando alguém quer descer ou entrar no ônibus, para que o veículo realize os comandos adequados.

Esses veículos autônomos propõem reduzir o número de acidentes e, consequentemente, os picos de trânsito e o estresse nas cidades, tanto de motoristas quanto de pedestres, ciclistas e passageiros. A conectividade das coisas está modificando a vida das pessoas, rumo a um futuro diferente e promissor para a mobilidade urbana, que será mais seguro, eficiente, confiável e confortável para todos os passageiros.


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