Como o transporte de ônibus pode ajudar no setor de turismo?
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o turismo foi um dos setores mais afetados pela crise mundial, ocasionada pela pandemia. No entanto, agora, com o avanço da vacinação e o número de infectados diminuindo, a aposta de todos os setores é olhar para frente, entendendo as novas tendências e aproveitando as oportunidades.
Após análises, foram apontados dois principais cenários fortalecidos nessa retomada: as viagens domésticas, de proximidade e o turismo rodoviário. Pensando nisso, existe um movimento de mercado que faz do transporte rodoviário uma estratégia maior do que uma análise rasa do cenário como um todo: o Programa Investe Turismo.
Lançado no período pré-pandemia, pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Embratur, esse programa conta com um amplo pacote de investimentos, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, melhoria de serviços, inovação e marketing, todos voltados para o setor de turismo. Seu objetivo principal é acelerar o desenvolvimento, aumentar a qualidade e a competitividade dos 158 municípios brasileiros, que fazem parte das 30 Rotas Turísticas Estratégicas do Brasil. Tem importante colaboração com o transporte rodoviário, já que grande parte dessas rotas integram ligações em que os ônibus estão presentes.
Confira mais sobre o programa e as rotas e municípios contemplados, clicando aqui:
https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/investe-turismo
A indústria do turismo também começou a reexaminar a força dos ônibus e as empresas rodoviárias estão construindo um ambiente de negócios favorável para a indústria, em seu escopo operacional. Exemplo disso é a chegada de Claiton Armelin, que trabalhou por 30 anos na CVC e se tornou Diretor de Viagens do Grupo Águia Branca. Para ele, viajar pelo Brasil é a bola da vez. “Estamos confiantes na volta do turismo rodoviário. Percebe-se que as pessoas já estão planejando viagens e nosso departamento será uma opção muito poderosa neste período de recuperação”, afirmou.
O Gerente de Marketing da Expresso Guanabara, Rodrigo Mont’Alverne, aponta que a operação da empresa de ônibus democratizou o acesso das pessoas às belezas turísticas do local e desenvolveu os negócios: “Temos uma viagem com conforto, segurança e preço muito acessível, que chega a ser 10 vezes menor que o aéreo. O ônibus passando à beira-mar gera renda e emprego para todos os empreendedores que fazem parte da rota”, explica.
Mário Augusto Ribas, responsável pelo Núcleo de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Turismo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), comenta que entende que o momento é de integração entre municípios e empresas de ônibus para trazer benefícios para toda a indústria do turismo no Brasil. “A parceria com o setor privado, especialmente com as empresas de transporte rodoviário, através do diálogo, melhor comunicação, governança e participação em eventos conjuntos, é fundamental neste processo. A criação de roteiros rodoviários alternativos, integrados às rotas turísticas e ao transporte aéreo, torna-se agora impositivo e de grande oportunidade de desenvolvimento do turismo no Brasil”, conclui.
Dados da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestres de Passageiros (Abrati) mostram que os números do setor já demonstram uma tendência de alta. A procura por viagens de ônibus no feriado de 12 de outubro foi 30% maior em relação ao ano anterior, no feriado de 7 de setembro. Neste ano, o transporte rodoviário regular já transportou 2,7 milhões de passageiros, número maior que a quantidade de pessoas transportadas antes da pandemia, no mesmo período de 2019. Segundo os dados da ANTT (Sisdap), a expectativa é que o setor feche o ano com 3,1 milhões de passageiros.
Fonte: Mobilidadesampa
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